Fábrica Lumière

Este blog nasceu num café-bar chamado "Vertigo", em Lisboa. Pensámos logo que esse nome era um sinal... Só podia. Adoramos "fazer filmes", essa é que é a verdade! Mas inspiramo-nos sempre nos originais. Se a amizade morresse, sobraria inevitavelmente a paixão pela sétima arte que nos une.

março 16, 2005

Barreira Invisível 3

Sideways



Quando andamos a enganar-nos a nós mesmos, nada melhor que um verdadeiro amigo para nos mostrar a imagem que não queremos ver no espelho.



Uma história "aparentemente" simples sobre ambições falhadas, desilusões e amizade, com o travo agri-doce do fim da juventude.

Alexander Payne faz um belíssimo trabalho na realização. Podemos sorrir várias vezes, é verdade, mas o humor em Sideways, tal como em "As Confissões de Schmidt", está carregado de desencanto. Para quem gosta do género tragi-comédia, este é um nome a reter. Eu já o fiz.

Num filme bastante consistente em termos de interpretações, a nomeação ao Oscar de melhor actor secundário para Thomas Hayden Church é mais do que merecida (na minha opinião até mais que a nomeação de Virginia Madsen). Destaque também para a fotografia e para a banda sonora.

Sideways termina sem grandes redenções ou lições de moral e principalmente sem forçar os "rumos" das personagens principais, num final que é, mais uma vez, "aparentemente" simples.

Nota: Continuo a impressionar-me com a facilidade com que os americanos conseguem dizer tudo o que lhes vai na alma para uma "answering machine". Também em Sideways o final não seria o mesmo se não fosse essa capacidade de se declarar, de pedir desculpas, de falar de sentimentos para uma máquina.

2 Comments:

At 3:20 da tarde, Blogger Roxanne said...

Só sei que era vinho americano, por isso se calhar não era grande coisa, mas eu não percebo nem da fruta nem da pinga :-)

 
At 4:58 da tarde, Blogger AS said...

E eras tu que não sabias escrever? Gaja, o talento mede-se pelos amigos que temos. Neste caso... Modéstia à parte... Beijos

 

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