Barreira Invisível 3
Sideways
Quando andamos a enganar-nos a nós mesmos, nada melhor que um verdadeiro amigo para nos mostrar a imagem que não queremos ver no espelho.
Uma história "aparentemente" simples sobre ambições falhadas, desilusões e amizade, com o travo agri-doce do fim da juventude.
Alexander Payne faz um belíssimo trabalho na realização. Podemos sorrir várias vezes, é verdade, mas o humor em Sideways, tal como em "As Confissões de Schmidt", está carregado de desencanto. Para quem gosta do género tragi-comédia, este é um nome a reter. Eu já o fiz.
Num filme bastante consistente em termos de interpretações, a nomeação ao Oscar de melhor actor secundário para Thomas Hayden Church é mais do que merecida (na minha opinião até mais que a nomeação de Virginia Madsen). Destaque também para a fotografia e para a banda sonora.
Sideways termina sem grandes redenções ou lições de moral e principalmente sem forçar os "rumos" das personagens principais, num final que é, mais uma vez, "aparentemente" simples.
Nota: Continuo a impressionar-me com a facilidade com que os americanos conseguem dizer tudo o que lhes vai na alma para uma "answering machine". Também em Sideways o final não seria o mesmo se não fosse essa capacidade de se declarar, de pedir desculpas, de falar de sentimentos para uma máquina.
2 Comments:
Só sei que era vinho americano, por isso se calhar não era grande coisa, mas eu não percebo nem da fruta nem da pinga :-)
E eras tu que não sabias escrever? Gaja, o talento mede-se pelos amigos que temos. Neste caso... Modéstia à parte... Beijos
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