Deus é brasileiro
Sempre me fascinou o Brasil, um fascínio que vai muito mais além da expressão “somos todos irmãos", que, pela excessiva repetição, se tornou tão vazia, tão alheada do verdadeiro sentimento que une Portugal e Brasil. Encontradas e aperfeiçoadas as “personalidades” de cada país, caem por terra os complexos, as inseguranças, e é tão bom poder ouvir e ver as maravilhas desse país tropical, que por ser tão grande nos chega tão diferente, tão eclético. O cinema brasileiro foi uma boa descoberta com filmes como "Carandiru”, “Cidade de Deus”, “Abril Despedaçado” (com o astro Rodrigo Santoro). Mas é sobre “Deus é brasileiro” que vos quero falar. “Deus é brasileiro” é uma comédia do realizador Carlos Diegues, natural de Maceió. E, como todas as comédias que são razoavelmente bem feitas, deixa-nos uma boa sensação no coração, e, sem ser pretensioso, deixa-nos a pensar na vida. O Deus deste filme, muito bem entregue, quanto a mim, a António Fagundes, resolve tirar umas férias, cansado dos contínuos erros, pedidos e reclamações dos Homens. Mas para concretizar as suas férias celestiais precisa de encontrar um substituto, pelo que resolve procurá-lo no Brasil, um país tão ferveroso na fé e na religião. Na sua procura pelo substituto, Deus tem um guia, Taoca (Wagner Moura), um pescador que vê na sua aliança com Deus uma boa oportunidade para solucionar os seus problemas. A interpretação de Wagner Moura não ficou pequena ao lado do "Deus" Fagundes, embora depois da sua interpretação em Carandiru, tudo fique a saber a pouco. Não sendo um filme excelente, nem inovador, tem uma fotografia extraordinária e um calor que chega a ser palpável. |
1 Comments:
Deus é brasileiro...e lindo! :-)
Agora a sério, o Wagner Moura é mesmo um estrondo como actor, não sabia que ele entrava neste filme, fiquei curiosa...vou alugar. Belo post! Beijinho
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