O prémio 1
E porque está entre nós o espírito do "Fantas" ...
“Tarde Demais” foi distinguido como Melhor Filme Português do Ano, no FantasPorto 2001.
José Nascimento, o realizador, descobriu a história para o seu filme em 1995, quando lia um artigo de Laurinda Alves, na revista d’O Independente. O texto era sobre o naufrágio de um barco de pesca artesanal, em pleno rio Tejo. Dois pescadores morreram, e as autoridades (ditas competentes) que lhes podiam ter salvo a vida, estiveram embrulhadas em excessos burocráticos.
António, Joaquim, Manuel e Zé, os pescadores do filme e da vida real, cansados de esperar pelo salvamento, lançaram-se numa luta pela sobrevivência. Depressa o cansaço e o frio se apoderaram do corpo e da razão. Apenas Zé conseguiu chegar mais longe, agarrando-se à pouca força que restava.
António (Carlos Santos), o mais velho e que ficou junto do barco naufragado, foi salvo pelas indicações de Zé (Vítor Norte). Joaquim (Nuno Melo) perdeu-se na teimosia e nas correntes do rio. Manel (Adriano Luz) foi encontrado morto, de olhos abertos, gelados pelo frio, a contemplar o céu.
O Tejo pareceu-me grande, muito grande, e a coragem destes homens imensa.
posted by Anónimo @ 8:30 da tarde
3 Comments:
Muito bem lembrado cara suspeita, tal como o Tejo este é um filme grande...
Por defeito profissional, e sem querer tirar o mérito do artigo de 1995 e do filme em questão, e muito menos deste blog que apenas fala da paixão do cinema,gostaria de a informar que as autoridades(Ditas competentes):
1-tudo fazem para salvar vidas, se forem informadas em tempo útil da tragédia.
2-Como salvar vidas num rio, como o Tejo, se as embarcações que habitualmente pescam neste rio nem rádio ou telemóvel(mais recentemente) tem para avisar de um perigo iminente.Isto se houver tempo para avisar.
3- as ditas autoridades em tragédias deste tipo, normalmente são avisadas ao fim do dia por familiares, isto acontece porque os seus entes queridos não voltaram da faina.
Por fim, "If safety is paramount",como justificar a hostilidade com que os agentes da Polícia Marítima são recebidos pela comunidade piscastória do Tejo sempre que efectuam as devidas acções de fiscalização.Ou como justificar Rotweilers a bordo de embarcações artesanais em faina!!
qualquer vida é um bem tão precioso para a humanidade, que não deve ser desperdiçada por desleixo ou falta de competências.
PS-Parabéns ao blog, continuem.
BT
Atenção Suspeitos do Costume:
Mesa reservada para as 20h30 (está com o meu nome verdadeiro!) Té logo!
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